quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Entrelaçando, por Fernanda Kinsky e Vanessa Marinho
“De uma reunião de amigos chegou-se à conclusão que seria bacana entrar numa banca e encontrar uma revista como a piauí cujo objetivo era explorar um nicho de mercado ainda não identificado.” Tal afirmativa é de João Moreira Salles um dos idealizadores do exemplar que há três anos é sinônimo de informação no mercado jornalístico.
Em relação ao formato e ao conteúdo dos exemplares das revistas Diners e piauí de fato ambas esboçam certa similaridade no enfoque, quando o assunto é cultura e informação. No entanto, em entrevista com a jornalista de redação da revista piauí, Paula Scarpin, ela admite que é a primeira vez que alguém traça esse paralelo entre as duas publicações. Paula afirma que normalmente comparam a piauí à revista Realidade ou à New Yorker e acrescenta que embora haja tal similaridade uma coisa é certa ao elaborar a publicação: “ Todo o jornalismo de qualidade que conhecemos nos serve de inspiração, mas pretendemos produzir um material inédito e fruto do nosso tempo.”
Vale ressaltar que para dar base à tese, Paula realizou uma enquête na redação da piauí com jornalistas veteranos do veículo. A pesquisa revelou que embora a revista Diners já tenha sido publicada há algum tempo, os profissionais lembraram-se de grandes colaboradores da época como Paulo Francis e Ruy Castro.
Confira, abaixo, a íntegra da matéria de João Moreira Salles:
1. De onde surgiu o nome da revista?
De uma idiossincrasia. Gosto de palavras com muitas vogais, e pauí tem várias. O som é bonito. Parece banal, e talvez seja mesmo, mas a razão é essa. Vogais amolecem as palavras. Elas ficam mais simpáticas. piauí é uma palavra simpática.
2. Como a piauí foi criada?
Um grupo de amigos chegou à conclusão que seria bacana entrar numa banca e encontrar uma revista como a piauí. Não passou disso. A decisão não foi tomada a partir de um plano de negócios (ainda que queiramos que a piauí se torne um negócio), ou porque alguém identificou um nicho editorial ainda não explorado. Queríamos ler reportagens como as que publicamos não só em inglês, mas na nossa própria língua.
3. Que propostas, conceitos e valores norteiam a piauí?
Nada de tão sisudo assim. Não sei se temos propostas, conceitos e valores. É um pouco mais simples. Queremos fazer uma revista boa de ler, divertida, que dê tempo aos repórteres para apurar e escrever. Dizer mais do que isso vira teoria, e não somos bons disso.
4. Como se definem as pautas?
Anarquicamente. Cabe tudo, de arqueologia a odontologia. Nenhuma obrigação, nenhuma pauta imprescindível. O que importa é que a história seja bem escrita e que o conjunto seja interessante: temas mais sérios ao lado de histórias em quadrinhos, brincadeiras tolas com matérias apuradas ao longo de meses, textos breves ao lado de textos longos. O segredo está nessa combinação de assuntos e tons. Queremos um equilíbrio entre humor e gravidade, texto e ilustração/quadrinhos, reportagens para quem tem mais de 40 e para quem menos de 30. É uma revista bastante incomum. Não é para ser lida de ponta a ponta, ainda que não seja proibido. Cada um lê a sua piauí. Os temas são tão variados e as abordagens tão diversas, que é muito difícil alguém não encontrar o que não lhe interesse. Acertamos quando alguém começa a ler uma reportagem sobre um assunto que não lhe diz respeito e sobre o qual nunca pensou -- digamos, eletrochoques, ou futebol -- e chega ao final pelo simples prazer da leitura. Por essa razão o processo de edição é tão intenso. O conteúdo interessa, claro, mas a estrutura e a prosa também. Não é apenas o que se conta, mas como se conta.
5. piauí tem uma linha editorial?
Nem nós mesmos sabemos se a piauí tem uma linha editorial. O que sabemos é que a revista não tem a pretensão de explicar o país. Não precisamos cobrir os “grandes temas nacionais”, podemos ficar no micro. Ao invés de fazer a matéria definitiva sobre violência, preferimos publicar o diário de um policial. Melhor contar a história de uma escola do que convidar alguém para fazer um ensaio sobre a educação no Brasil. E podemos escapar inteiramente de temas chatos, como reforma ministerial e discussão do orçamento. Do jeito que a piauí está imaginada, temos muita liberdade para improvisar. No limite, é quase se, a cada número, tivéssemos uma revista nova.
6. Fale um pouco sobre a rotina de trabalho da redação?
Não existe reunião de pauta, as matérias vão surgindo informalmente, da conversa entre os repórteres e o diretor de redação. Somos muito poucos, dez passos e se chega a qualquer mesa. Nosso processo não tem nenhuma liturgia, nenhuma formalização. Também não temos editorias, o que nos desobriga a ter assuntos obrigatórios – política, esporte, economia, etc. No início do mês a redação fica relativamente vazia, e à medida que o mês avança, as pessoas vão ocupando as suas mesas para escrever as matérias.
7. Qual o critério da piauí para assinar matérias? Por que os textos de Esquinas não são assinados?
Chegada, despedida e esquinas não são assinadas por que, digamos assim, representam o tom da revista. Como nossos textos são muito autorais, ou seja, como não buscamos a padronização, é bom que a revista comece de forma mais serena, mais homogênea.
8. A piauí recusa de modo evidente a agenda imposta pelos grandes veículos de imprensa. Por quê?
Porque os temas do noticiário já estão sendo tratados pelo noticiário. Não haveria sentido em criar mais uma revista para cobrir as mesmíssimas histórias. Isso não significa que estejamos despregados do país. Cobrimos assuntos que interessam, mas sem pressa, publicando meses depois, ou de forma diferente. Exemplos: perfil do Luiz César Fernandes, esquina do Roberto Jefferson, matéria da moda, e assim por diante.
9. Como se dá o processo de criação das capas de piauí?
A capa é considerada conteúdo editorial. Ou seja, é a primeira informação que o leitor encontra sobre o espírito da revista. Nem sempre (ou quase nunca) tem relação com as matérias que estão lá dentro. A arte propõe alternativas, todo mundo opina e o diretor de redação tem a palavra final.
10. De que maneira os textos da revista são influenciados pelo estilo conhecido por Jornalismo Literário?
Essa eu pulo, pela simples razão de que não sei o que significa jornalismo literário. Acho que existem textos bem ou mal escritos, e só.
11. O que a revista piauí traz de inovador para o jornalismo de revista?
Talvez o aspecto mais inovador da piauí seja o fato da revista dar tempo ao repórter de apurar uma matéria pelo tempo que for preciso. Nossas matérias não são datadas e procuramos dar a ela o espaço que o tema exigir e também ao repórter tempo suficiente para que um determinado assunto seja coberto com a maior eficiência possível. Assim, não temos prazos predeterminados para nada. Além disso, por não termos seções fixas nem temas obrigatórios, o leitor da piauí nunca sabe o que encontrará a cada nova edição da revista. E esse é um dos nossos objetivos: surpreender o nosso leitor.
12. Qual o perfil do jornalista que escreve para a piauí?
Tanto no staff da redação como entre nossos colaboradores eventuais, não há um perfil específico de jornalista na piauí. Procurarmos misturar profissionais de origens e faixas etárias diferentes para obtermos um certo equilíbrio. Se há um consenso no perfil de trabalho, ele se reflete na precisão da apuração dos fatos, na procura por uma história bem contada e na qualidade do texto jornalístico.
13. Como reunir em uma mesma revista o tom jornalístico e literário sem fugir da informação objetiva?
Não temos uma fórmula predeterminada de como um texto deve ser escrito.
Somos percebidos como uma revista que faz jornalismo literário, mas não é essa a nossa intenção. A piauí trata de assuntos de interesse geral e não se enquadra em nenhum perfil já definido por outras publicações brasileiras. Queremos fazer matérias que sejam interessantes, e é imperativo que tragam informação objetiva, sejam elas de que natureza forem. Não queremos nos prender a padrões estéticos de texto ou de aspecto visual.
14. A revista não tem editorias fixas, mas quais são exatamente as seções fixas em todas as edições?
Não temos nenhuma editoria fixa, mas seções, cujos assuntos variam a cada mês, porque não temos temas obrigatórios. As seções são: Chegada, Esquina, Diário, Poesia, Portfólio (visual), Quadrinhos, Ficção e Despedida. Geralmente, mas não sempre, temos um dossiê sobre um tema específico. Isso varia muito, assim como os nomes das seções flutuantes: Tipos Brasileiros, O que aprendi, Vida urbana, Teatro, Memória. Não há um padrão preestabelecido para nomear as seções avulsas. O mote geralmente (quando o assunto permite) é dar um toque de humor nos nomes das seções, como: Turnê gangsta, Dossiê tortura & maus-tratos, Questões vernáculas, Ora, bolas, Grandes figuras do mundo animal, Conto de fadas, Subterrâneos do rock, O pensamento hídrico, Questões físico-químicas, Cidades & rincões, Vultos das finanças, Rock & adjacências, Pesos e medidas, Dialética do pop, Metafísica, Tribuna livre da luta de classes, Criações diabólicas, etc, etc.
15. Como funciona a seção Diário?
O objetivo da seção “Diário” é apresentar textos de não-jornalistas e mostrar temas que geralmente não são abordados pela imprensa em geral. Quanto mais informal e menos solene o assunto, melhor.
Queremos aproximar o leitor da intimidade de profissionais com os quais ele normalmente não teria contato, sem muita pretensão literária ou formal.
O critério de escolha é buscar profissionais das mais variadas áreas, e assuntos pouco abordados na imprensa. Geralmente, nós da redação convidamos as pessoas (na maioria dos casos, que nunca escreveram antes) para publicarem conosco. Encomendamos vários textos e fazemos uma triagem do que vale a pena ser publicado. As pessoas convidadas geralmente não possuem um diário, escrevem sob nossa encomenda. Uma vez aprovado, fazemos a checagem dos dados contidos nos textos.
15. Quais são as fontes e o papel da revista?
A fonte do logo da piauí é o trade gothic bold.
Títulos: trade gothic condensed bold – corpo 20
Texto: electra old style – corpo 10
O papel é o polen soft. Gramatura: 70 no miolo e 90 na capa.
Um breve paralelo entre as revistas Diners, piauí, serrote e Bravo!, por Fernanda Kinsky e Vanessa Marinho
Traçar uma comparação entre as publicações Diners, piauí, serrote e Bravo! permite enxergar um avanço na cultura social e contextualizar o panorama do estilo literário que vêm sendo adotado ao longo das publicações. À começar, ao acessar o blog, o leitor poderá verificar mediante esta breve análise o que ambas as revistas têm em comum e que ao mesmo tempo quais características que as tornam únicas, diferentes na forma de escrever e abordar o seu conteúdo.
A revista Diners surgiu em 1962 completamente desconhecida do público, mas admirada pelo meio jornalístico. Sinônimo de qualidade, a revista de grande sucesso dos anos 60 contava com a participação de grandes nomes como Carlos Drummond de Andrade, Antonio Callado, entre outros, e anunciava varejos classe A e serviços indicativos de hotéis, boates, restaurantes, butiques, lojas de carros importados. Tudo isso, porque a revista era distribuída para os assinantes do cartão de crédito diners club, e nessas divulgações estimulavam o uso do cartão.
Com relação aos seus textos e títulos eram inteligentes e criativos, não falava da condição política da época, portanto não era alvo dos militares. Ela era moderna, jovem e cheia de estilo. Era o veículo mais cobiçado pelos jornalistas; o sucesso foi tanto, que a Diners saiu do privado e foi para o público chegando às bancas de jornal. Mas o preço e a crise institucional e econômica no país, dificultou “a existência de uma revista tão cara e de ideias arejadas”.
Com o tempo, a publicidade da revista caiu e o pagamento dos colaboradores também, o que levou a revista a falência em 1969.
Hoje a Diners é ocupada com três modernos veículos que pareceu perpetuar a saga de Diners. As revistas Piauí, Bravo! e serrote lembram um pouco deste estilo inesquecível.
Já a publicação serrote é criação do Instituto Moreira Salles (IMS), de forma quadrimestral e reúne ensaios, literatura, fotografia. Embora seja inspirada em publicações como a britânica Granta e a franco-americana The Paris Review, o exemplar pretende ser um veículo que incentivar o apreço à cultura brasileira. Além disso, a serrote também publica textos sobre política, ciência, esportes e questões atuais.
A revista, quando comparada com as outras duas publicações (piauí e Bravo!) é a caçula, já que o seu primeiro número foi publicado em março de 2009. Segundo seus editores – Flávio Pinheiro, Matinas Suzuki Jr., Rodrigo Lacerda e Samuel Titan Jr. –, o IMS lançou a serrote “por acreditar que, em sua multiplicidade de tons e vozes, o ensaio se fixou como gênero indispensável à reflexão e ao debate de ideias”. Além disso, em cada número, a publicação traz três verbetes que compõem o “Alfabeto serrote”. Esses verbetes são criações livres, a interpretação que cada autor tem das palavras escolhidas.
Já a revista piauí, cujo nome foi dado pela junção de vogais, chegou às bancas em outubro de 2006 e busca abordar temas que surpreendem o leitor a cada edição. Em relação às pautas, o que interessa na publicação é contar uma boa história. E para isso o repórter dispõe de tempo para apurar e escrever. O que importa na revista é que a história seja bem escrita e que o conjunto seja interessante, como por exemplo, a exploração de temas mais sérios ao lado de histórias em quadrinhos e textos breves ao lado de textos longos. O segredo está nessa combinação de assuntos e tons.
No que diz respeito ao conteúdo editorial, João Moreira Salles um dos idealizadores da revista piauí lembra que este é resumido na capa, uma vez que é a primeira informação que o leitor tem contato. Quando o assunto é editoria fixa, a publicação traz seções, cujos assuntos variam a cada mês, uma vez que não possui temas obrigatórios. A seção “Diário”, por exemplo, uma das mais conhecidas, tem como objetivo apresentar textos de não-jornalistas e mostrar temas que geralmente não são abordados pela imprensa em geral.
Já a revista Bravo! publicação mais antiga das três analisadas foi criada em 1997. A revista da Editora Abril tem publicação mensal e é caracterizada levar ao leitor informações culturais bem como manifestações artísticas.
A revista Diners surgiu em 1962 completamente desconhecida do público, mas admirada pelo meio jornalístico. Sinônimo de qualidade, a revista de grande sucesso dos anos 60 contava com a participação de grandes nomes como Carlos Drummond de Andrade, Antonio Callado, entre outros, e anunciava varejos classe A e serviços indicativos de hotéis, boates, restaurantes, butiques, lojas de carros importados. Tudo isso, porque a revista era distribuída para os assinantes do cartão de crédito diners club, e nessas divulgações estimulavam o uso do cartão.
Com relação aos seus textos e títulos eram inteligentes e criativos, não falava da condição política da época, portanto não era alvo dos militares. Ela era moderna, jovem e cheia de estilo. Era o veículo mais cobiçado pelos jornalistas; o sucesso foi tanto, que a Diners saiu do privado e foi para o público chegando às bancas de jornal. Mas o preço e a crise institucional e econômica no país, dificultou “a existência de uma revista tão cara e de ideias arejadas”.
Com o tempo, a publicidade da revista caiu e o pagamento dos colaboradores também, o que levou a revista a falência em 1969.
Hoje a Diners é ocupada com três modernos veículos que pareceu perpetuar a saga de Diners. As revistas Piauí, Bravo! e serrote lembram um pouco deste estilo inesquecível.
Já a publicação serrote é criação do Instituto Moreira Salles (IMS), de forma quadrimestral e reúne ensaios, literatura, fotografia. Embora seja inspirada em publicações como a britânica Granta e a franco-americana The Paris Review, o exemplar pretende ser um veículo que incentivar o apreço à cultura brasileira. Além disso, a serrote também publica textos sobre política, ciência, esportes e questões atuais.
A revista, quando comparada com as outras duas publicações (piauí e Bravo!) é a caçula, já que o seu primeiro número foi publicado em março de 2009. Segundo seus editores – Flávio Pinheiro, Matinas Suzuki Jr., Rodrigo Lacerda e Samuel Titan Jr. –, o IMS lançou a serrote “por acreditar que, em sua multiplicidade de tons e vozes, o ensaio se fixou como gênero indispensável à reflexão e ao debate de ideias”. Além disso, em cada número, a publicação traz três verbetes que compõem o “Alfabeto serrote”. Esses verbetes são criações livres, a interpretação que cada autor tem das palavras escolhidas.
Já a revista piauí, cujo nome foi dado pela junção de vogais, chegou às bancas em outubro de 2006 e busca abordar temas que surpreendem o leitor a cada edição. Em relação às pautas, o que interessa na publicação é contar uma boa história. E para isso o repórter dispõe de tempo para apurar e escrever. O que importa na revista é que a história seja bem escrita e que o conjunto seja interessante, como por exemplo, a exploração de temas mais sérios ao lado de histórias em quadrinhos e textos breves ao lado de textos longos. O segredo está nessa combinação de assuntos e tons.
No que diz respeito ao conteúdo editorial, João Moreira Salles um dos idealizadores da revista piauí lembra que este é resumido na capa, uma vez que é a primeira informação que o leitor tem contato. Quando o assunto é editoria fixa, a publicação traz seções, cujos assuntos variam a cada mês, uma vez que não possui temas obrigatórios. A seção “Diário”, por exemplo, uma das mais conhecidas, tem como objetivo apresentar textos de não-jornalistas e mostrar temas que geralmente não são abordados pela imprensa em geral.
Já a revista Bravo! publicação mais antiga das três analisadas foi criada em 1997. A revista da Editora Abril tem publicação mensal e é caracterizada levar ao leitor informações culturais bem como manifestações artísticas.
A REVISTA GOODYEAR, A IRMÃ EMPRESARIAL DA REVISTA DINERS.
Por Laura Márquez e Luiz Henrique Ribeiro.
A fabricante de pneus Goodyear, teve até 92, sua revista empresarial circulando. Considerada a irmã empresarial da reviste Diners, era uma revista com uma proposta nova para a época. Foi um projeto ousado, mas que deu certo. A revista era tão conceituada que tinha gente que “roubava” a revista. O trabalho ficou conhecido devido a uma nota que saiu no jornal “Estadão”. No começo, os jornalistas não tinham verba para tocar o projeto e logo que se passou um ano, fizeram um dossiê sobre a Pirelli, que era a concorrente, e assim conseguiram capital para manter a revista.
A empresa não impunha nada aos jornalistas e como a revista não era vendida em banca podiam experimentar à vontade, fazendo cada número totalmente diferente do anterior.
As pautas eram criadas por eles mesmos, da redação, ou mandadas por colaboradores. Estes colaboradores eram recrutados entre pessoas que se conheciam e a lista era muito ampla. Um fato importante de ser mencionado é que a revista não publicava artigos traduzidos e, por isso, enviou muito jornalista para fazer reportagens no México, Paris, Angola, Inglaterra, Alemanha, Mali e Índia, entre outras localidades.
A pauta era inteiramente livre e a direção da Goodyear, que lia a revista impressa, não fazia nenhum tipo de pedido editorial. Os temas abordados eram dos mais variados. Entre os principais estavam ecologia-turismo (lugares bonitos, para aproveitar o papel e impressão de primeira qualidade), política, perfis, mundo automobilístico e tecnologia.
O público-alvo era formado por revendedores da Goodyear, escolas públicas e particulares, faculdades, Câmara e Senado federais, imprensa, embaixadas e consulados, além de bibliotecas.
A redação era um pequeno ateliê emprestado. Só havia uma máquina de escrever, os contatos telefônicos eram feitos de um orelhão, havia três cadeiras e os jornalistas se sentavam até em cima de um botijão de gás. Mas mesmo assim alcançaram um ótimo resultado. Alguns jornalistas que trabalharam juntos acreditam que o sucesso da Revista Goodyear pode ser atribuído à falta, na época, de uma publicação voltada à reportagem. Desde o fim da revista "Realidade" não havia nada assim no país.
A revista durou até 92. Acabou porque a Goodyear não é uma empresa jornalística, é uma fábrica de pneus. O departamento pessoal foi quem acabou com a revista. Eles estavam fazendo uma“contensão de despesas” e aproveitaram que a presidência estava mudando para acabar com a revista. Jornalistas consagrados que colaboravam com a revista lamentaram.
Equipe da Revista Goodyear:
Affonso Romano de Santanna, Antônio Saggese, Artur Xexeo, Bob Wolfenson, Jaguar, Chico Caruso, Cláudio Bojunga, Cláudio Edinger, Fernando Gabeira, Humberto Weneck, Ivan Angelo, José Castello, José Márcio Penido, Leo Gilson Ribeiro, Luiz Ge, Marcos Sá Corrêa, Maria Adelaide Amaral, Marília Pacheco Fiorillo, Matthews Shirts, Miguel Rio Branco, Nirlando Beirão, Otto Lara Resende, Paulo Leite, Raimundo Pereira, Regina Echeverria, Renato Pompeu, Ricardo Kotscho, Ruy Castro, Sérgio Augusto, Sônia Carvalho, Tião Gomes Pinto, Walter Firmo e Zuenir Ventura.
A fabricante de pneus Goodyear, teve até 92, sua revista empresarial circulando. Considerada a irmã empresarial da reviste Diners, era uma revista com uma proposta nova para a época. Foi um projeto ousado, mas que deu certo. A revista era tão conceituada que tinha gente que “roubava” a revista. O trabalho ficou conhecido devido a uma nota que saiu no jornal “Estadão”. No começo, os jornalistas não tinham verba para tocar o projeto e logo que se passou um ano, fizeram um dossiê sobre a Pirelli, que era a concorrente, e assim conseguiram capital para manter a revista.
A empresa não impunha nada aos jornalistas e como a revista não era vendida em banca podiam experimentar à vontade, fazendo cada número totalmente diferente do anterior.
As pautas eram criadas por eles mesmos, da redação, ou mandadas por colaboradores. Estes colaboradores eram recrutados entre pessoas que se conheciam e a lista era muito ampla. Um fato importante de ser mencionado é que a revista não publicava artigos traduzidos e, por isso, enviou muito jornalista para fazer reportagens no México, Paris, Angola, Inglaterra, Alemanha, Mali e Índia, entre outras localidades.
A pauta era inteiramente livre e a direção da Goodyear, que lia a revista impressa, não fazia nenhum tipo de pedido editorial. Os temas abordados eram dos mais variados. Entre os principais estavam ecologia-turismo (lugares bonitos, para aproveitar o papel e impressão de primeira qualidade), política, perfis, mundo automobilístico e tecnologia.
O público-alvo era formado por revendedores da Goodyear, escolas públicas e particulares, faculdades, Câmara e Senado federais, imprensa, embaixadas e consulados, além de bibliotecas.
A redação era um pequeno ateliê emprestado. Só havia uma máquina de escrever, os contatos telefônicos eram feitos de um orelhão, havia três cadeiras e os jornalistas se sentavam até em cima de um botijão de gás. Mas mesmo assim alcançaram um ótimo resultado. Alguns jornalistas que trabalharam juntos acreditam que o sucesso da Revista Goodyear pode ser atribuído à falta, na época, de uma publicação voltada à reportagem. Desde o fim da revista "Realidade" não havia nada assim no país.
A revista durou até 92. Acabou porque a Goodyear não é uma empresa jornalística, é uma fábrica de pneus. O departamento pessoal foi quem acabou com a revista. Eles estavam fazendo uma“contensão de despesas” e aproveitaram que a presidência estava mudando para acabar com a revista. Jornalistas consagrados que colaboravam com a revista lamentaram.
Equipe da Revista Goodyear:
Affonso Romano de Santanna, Antônio Saggese, Artur Xexeo, Bob Wolfenson, Jaguar, Chico Caruso, Cláudio Bojunga, Cláudio Edinger, Fernando Gabeira, Humberto Weneck, Ivan Angelo, José Castello, José Márcio Penido, Leo Gilson Ribeiro, Luiz Ge, Marcos Sá Corrêa, Maria Adelaide Amaral, Marília Pacheco Fiorillo, Matthews Shirts, Miguel Rio Branco, Nirlando Beirão, Otto Lara Resende, Paulo Leite, Raimundo Pereira, Regina Echeverria, Renato Pompeu, Ricardo Kotscho, Ruy Castro, Sérgio Augusto, Sônia Carvalho, Tião Gomes Pinto, Walter Firmo e Zuenir Ventura.
Semelhanças entre a revista Diners e a The New Yorker
por Thatiana Castro
Muitos dos jornalistas que conheceram a revistas Diners, a comparam com a revista The New Yorker. A semelhança entre elas se dá principalmente pela suas capas, devido a originalidade das mesmas, e por desfrutarem do fato de possuírem, cada uma em sua época, as melhores equipes de jornalistas e inúmeros colaboradores.
A Revista The New Yorker foi lançada em 1925, por Harold Ross, que tinha a pretensão de criar uma revista de humor que contrastasse com outras revistas da época que ele próprio havia trabalhado, e que em sua opinião eram muito cafonas.
Famosa pela qualidade do seu jornalismo, a revista mesmo que voltada para a vida cultural da cidade de Nova York, tem uma grande audiência em todo os Estados Unidos. No século XX, foi a grande responsável pela popularização da crônica como forma literária nos EUA.
Mesmo que voltada para o humor a revista ganhou muita credibilidade devido as suas grandes reportagens sobre assuntos políticos e polêmicos. Uma delas foi a matéria feita sobre Hiroshima, logo após a segunda Guerra mundial.
Curiosidades da The New Yorker
- Sua primeira edição foi vendida por apenas $ 0,15.
- A capa mais famosa foi a de março de 1976, que trazia o mapa da cidade de Nova York.
- A The New Yorker ganhou 49 National Magazine Awards, prêmio que é dado pela Sociedade Americana de Editores de Revista.
-A revista publica críticas, ensaios, reportagens investigativas e ficção.
- A revista é publicada 46 vezes por ano.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Revista Senhor uma mistura de humor com modernidade
por Daniela Montico e Rafaela Ribeiro
Cultura, Sim SENHOR!
Quando o assunto é jornalismo cultural, de renome e bem feito no meio empresarial é natural citar a revista Diners como uma das principais. Mas ela não reinou sozinha, também deu espaço a Goodyear e até mesmo para a Revista Senhor, tema deste post.
A Revista Senhor foi lançada em março de 1959 no Rio de Janeiro. Circulou por cinco anos e durante esse tempo deixou sua marca no meio do Jornalismo Cultural. Com publicações bem feitas, considerada de elite e com um corpo editorial bastante intelectual, a revista permaneceu no mercado por pouco tempo, mas foi o suficiente para deixar sua marca e fazer com que as pessoas continuem comentando sobre ela até hoje, exatamente como estamos fazendo.
Em plena década de 50, com o Brasil atravessando uma fase de mudanças, inovações e querendo viver cinqüenta anos em cinco, a Senhor foi um dos símbolos deste país que estava se modernizando, com um conteúdo singular, matérias atemporais, notícias e grande quantidade de informação. Era uma revista diferenciada, de qualidade em uma época em que a cultura no Brasil florescia e a população se interessava pela mesma.
Para começo de conversa, a revista Senhor abriu espaço para muitos mestres começarem as carreiras. Quem pensa que Clarice Lispector publicar um de seus escritos nas páginas de uma revista é tão inimaginável quanto ver um camelo usando um orelhão, está enganado. Clarice foi uma das muitas estreantes na literatura por meio da revista Senhor. Motivada pelo saudoso Paulo Francis, ela teve na publicação uma abertura para seus textos, assim como Fernando Sabino, Ferreira Gullar, entre outros nomes, publicando escritos ao lado de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Carlos Drumonnd de Andrade, Paulo Mendes Campos, Antônio Callado, Mário de Andrade, Nelson Rodrigues, Rubem Braga, Aníbal Machado e Vinicius de Moraes e outros.
Agora que já comprovamos a presença de grandes e talentosas figuras compondo o time da revista, é hora de falar um pouco sobre seus temas.
No âmbito editorial, revista ficou dividida no quadrinômio cultura, política, economia e entretenimento. Embora apresente toda essa diversidade temática, sua maior contribuição está no campo do Jornalismo Cultural com espaço para literatura, pintura, escultura, teatro, música, arquitetura, cinema e abrangendo também a cultura popular, o comportamento social – formas de ser e se portar, e as ciências sociais, ajustadas e transportadas ao meio jornalístico. Desde seu inicio, Senhor se mostrou como uma revista de caráter formador de opinião, prezando a notícia, a atualidade, e debatendo amplamente acerca dos aspectos da formação cultural brasileira, a cultura intelectual e a cultura popular.
Um grande diferencial da Revista Senhor, foi o uso do humor. Sátira, ironia e humor picante, sem falar do tom de deboche saudável da sociedade da época, contribuíram para que a publicação fosse única em sua linguagem.
Além disso, mais uma peculiaridade de suas páginas, eram os ensaios fotográficos presentes a cada edição. Voltados para o público masculino, as fotos traziam sempre mulheres em ensaios sensuais. Mas garotos, podem se acalmar, os ensaios eram sempre sensuais, porém de bom gosto, inteligentes, sem serem pornográficas e esbanjando elegância, justamente para provocar o imaginário do público masculino. Na época em que a sociedade ainda via a mulher somente como dona-de-casa, mãe e esposa, Senhor trouxe como suas musas, atrizes, fotógrafas, escritoras, musicistas e outras profissionais.
A revista também promovia um encontro entre modernidade textual e gráfica. Elegante, bem paginada ,editada e grafada com as letras SR, Senhor valorizou como poucas na época, a linguagem gráfica, um visual moderno e precursor de tendências. Tendo um público-alvo mais culto, a revista dava-se ao luxo de escrever minuciosamente textos críticos, analítcos, pesquisados a fundo e preparados com cuidado especialmente na linguagem que certamente seria compreendida pelo leitor. Tal estilo teve como grande inspiração a publicação norte-americana The New Yorker.
Somos alunos de jornalismo, mas não podemos deixar de citar a publicidade na revista Senhor. As publicidades contidas nas edições eram geralmente voltadas para o público masculino e quando tinham como público-alvo as mulheres, eram ali divulgadas para não para serem consumidas diretamente por elas, mas sim para serem oferecidos como presentes ao sexo feminino. Diferentemente de hoje, as publicidades também eram colocadas no índice.
Infelizmente a revista Senhor não conseguiu sobreviver. Era uma publicação de custos elevados e sua fórmula, pautada para uma elite cultural, não conseguiu se sustentar em um país subdesenvolvido. Apesar da boa repercussão, as vendas não eram altas e até mesmo para as elites, os preços eram exagerados.
Apesar da vida curta, a Revista Senhor foi um marco em sua época e seus parcos cinco anos de duração foram suficientes para ela se manter viva até os dias de hoje, como em um blog como o nosso.
Cores da Revista Senhor
Capa da Revista Senhor Ano 1 - 1959 nº1
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Redator dos momentos finais da Diners
Murilo Rocha relembra histórias passadas, fala da fase derradeira da revista e dá dicas à estudantes de jornalismo
Um homem inteligente e de boas histórias e intenções. Assim podemos definir o jornalista Murilo Rocha, que teve a chance de ser redator da Diners em sua fase final. Num encontro na ABAC – Associação Brasileira de Assistência aos Cancerosos – Murilo contou causos de sua vida jornalística, falou da Diners e deu dicas aos aspirantes à profissão.
A revista foi uma breve passagem na vida deste jornalista, que já foi redator e ainda presta serviços de assessoria de imprensa. Murilo Rocha já trabalhou em diversos lugares, como o Jornal e a Rádio Globo, e também para a UPI – United Press International – segunda maior agência de notícias da época. Hoje, ele presta serviços a ABAC por amizade e alimenta o site da vereadora Andrea Gouvêa Vieira, também por acreditar nas capacidades da governante.
Tendo participado da edição de dois ou três volumes da Diners, sabia que a revista era famosa quando foi convidado a trabalhar, mas também percebeu que o que estava fazendo já não era como anteriormente. A Diners já estava num período de decadência quando a Editora Gaivota, de Ernesto Carneiro, foi contratada para fazer as edições e Murilo foi convocado, pelo amigo editor, para ajudar.
Ele diz que a versão final da Diners tinha um viés mais popular, menos sofisticado, e que a decadência, provavelmente, coincidiu com a perda de popularidade também do cartão de crédito, que já ganhava concorrentes na época.
Murilo Rocha teria sido um bom leitor da revista em sua fase áurea. Ele critica os clichês e pobrezas da cultura e se diz uma pessoa que gosta de música clássica, literatura e cinema. Falando sobre isso, ele recorda Ruy Castro e José Carlos Monteiro, ex-integrantes da patota da Diners na fase Paulo Francis, que considera grandes entendedores de cultura e cinema.
Numa conversa que terminou com a promessa de que, em algumas semanas, poderemos ter acesso às revistas que ajudou a produzir, Murilo Rocha pede para continuar nos bastidores do jornalismo e preferiu não tirar fotos. Junto com a simpatia e disponibilidade, como um mestre, ele deixou dicas de livros que não podem deixar de ser lidos por criaturas jornalísticas como a turma que compõe este Blog. Na lista, “A primeira vítima” de Phillip Knightly, e “1984” e “Revolução dos Bichos”, ambos de George Orwell.
A revista foi uma breve passagem na vida deste jornalista, que já foi redator e ainda presta serviços de assessoria de imprensa. Murilo Rocha já trabalhou em diversos lugares, como o Jornal e a Rádio Globo, e também para a UPI – United Press International – segunda maior agência de notícias da época. Hoje, ele presta serviços a ABAC por amizade e alimenta o site da vereadora Andrea Gouvêa Vieira, também por acreditar nas capacidades da governante.
Tendo participado da edição de dois ou três volumes da Diners, sabia que a revista era famosa quando foi convidado a trabalhar, mas também percebeu que o que estava fazendo já não era como anteriormente. A Diners já estava num período de decadência quando a Editora Gaivota, de Ernesto Carneiro, foi contratada para fazer as edições e Murilo foi convocado, pelo amigo editor, para ajudar.
Ele diz que a versão final da Diners tinha um viés mais popular, menos sofisticado, e que a decadência, provavelmente, coincidiu com a perda de popularidade também do cartão de crédito, que já ganhava concorrentes na época.
Murilo Rocha teria sido um bom leitor da revista em sua fase áurea. Ele critica os clichês e pobrezas da cultura e se diz uma pessoa que gosta de música clássica, literatura e cinema. Falando sobre isso, ele recorda Ruy Castro e José Carlos Monteiro, ex-integrantes da patota da Diners na fase Paulo Francis, que considera grandes entendedores de cultura e cinema.
Numa conversa que terminou com a promessa de que, em algumas semanas, poderemos ter acesso às revistas que ajudou a produzir, Murilo Rocha pede para continuar nos bastidores do jornalismo e preferiu não tirar fotos. Junto com a simpatia e disponibilidade, como um mestre, ele deixou dicas de livros que não podem deixar de ser lidos por criaturas jornalísticas como a turma que compõe este Blog. Na lista, “A primeira vítima” de Phillip Knightly, e “1984” e “Revolução dos Bichos”, ambos de George Orwell.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Joaquim Ferreira dos Santos expõe sua coleção da revista
Joaquim, Diners e Nostalgia
Pouco tempo após o trabalho, Joaquim Ferreira dos Santos, cronista e editor da coluna GENTE BOA, no Globo, propôs expor a coleção da publicação, na sua casa. A ajuda não poderia ter sido mais bem-vinda.
Em uma quarta-feira à tarde, Joaquim nos recebeu e tratou logo de apresentar o precioso caderno onde continham as revistas. O telefone celular do jornalista tocava incessantemente, o que nos fez lembrar como é a vida de um profissional inserido em um grande veículo de comunicação. Porém, apesar da labuta diária, ele concedeu-nos um tempo precioso ajudando na pesquisa.
Folheando as edições (a partir de Março de 1968), há, primeiramente, um manancial de anúncios (fotos abaixo), já que que o público alvo eram os consumidores do próprio cartão de crédito. Entretanto, encontra-se uma visível liberdade nos artigos (fotos abaixo), escritos por uma seleta gama de jornalistas e artistas privilegiados como: Armando Nogueira, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Mendes Campos, Glauber Rocha, Antonio Callado, entre outros. Via-se na Diners um toque refinado e intelectual ao mesmo tempo, ainda com uma pitada de humor.
Numa das matérias, por exemplo, cujo título era “Moderata Cantabile”. Paulo Francis discorre sobre o complexo de castração de Freud, e as ditas “peruas” das lojas e salões de beleza. Outra muito espirituosa é a de Armando Nogueira sobre um ‘filósofo’ do futebol chamado ‘Neném prancha’. Lendo esses artigos, via-se que se tratava de um jornalismo de cunho mais literário, em que o importante era contar uma boa história.
Nesse ponto, Joaquim concluiu enfático, dizendo que há pouco espaço atualmente para valorizar quem conta uma boa história. Segundo ele, no jornalismo atual, os manuais de redação dominam o meio. Tudo é feito visando o prêmio Esso de jornalismo. Assim, o aspecto lúdico do jornalista foi dando passagem às leis que dominam as redações.
Perguntado se existia alguma publicação em nossos tempos a se assemelhar com a Diners, ele respondeu que as que mais se aproximam são a piauí e a Serrote. Nos EUA, existe a The New Yorker.
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